Tenho tantas coisas para dizer. Ainda. Mas hoje vou ser desconexa e fazer pouco sentido. Não importa, cá dentro as coisas não fazem sentido; posso não fazer sentido, posso dar-me isso, no meio de tanta coisa que não posso dar-me.
Não consigo lidar com o facto de estares a desaparecer da minha lista de contactos principais no Facebook. Costumavas ser o primeiro nome; agora, estás a um de ser o último. Minto; olhei outra vez, és o último nome da lista, aquele que vem imediatamente antes de "Mais amigos". Olhar para lá, deixa-me exasperada; quanto simbolismo, quanta metáfora, quanto id!
Não consigo parar de me apaixonar por ti. Todos os dias. Por motivo nenhum e por todos os motivos do mundo. Por qualquer coisa que faças ou por nada que faças. Por tudo ou nada que digas. Pelos movimentos, pelas ausências de movimento, pelas inspirações e expirações, sei lá. Por existires, não sei. Talvez baste isso, talvez seja só isso.
Não consigo não ter saudades astronómicas que me atrofiam os músculos e me quebram por dentro. Às vezes penso "saudades" e falta-me o ar; é como se deixasse de funcionar, como se houvesse uma falha nas engrenagens e tudo se desmontasse, saltassem peças por todo o lado e fosse impossível por o motor a trabalhar.
Não consigo largar esta vontade esmagadora de te abraçar; às vezes, vejo dentro da minha cabeça uma imagem difusa em que, em qualquer sítio, onde quer que estejas, que eu esteja, que estejamos, esqueço-me de tudo e simplesmente...abraço-te.
Não consigo não pensar em ti. Não consigo estar um segundo sem pensar em ti. E isto é literal, não hiperbólico. Não sais de dentro de mim, é angustiante, é desesperante.
Não consigo ver de que forma possa o tempo amenizar o que sinto. Racionalmente, sei - obrigo-me a saber - que há-de passar; mas emocionalmente, não consigo acreditar, não consigo ver forma nenhuma disso poder acontecer. Parece demasiado impossível.
Não consigo deixar de pensar que, há medida que o tempo passa e o meu desespero, a minha dor, a minha saudade e vontade insaciável de ti aumentam, para ti, é cada vez mais fácil. Não consigo deixar de pensar que enquanto eu travo uma luta diária para sobreviver à tua ausência, tu aprendes a viver sem mim. Não consigo deixar de pensar que quanto mais sinto a tua falta, menos sentes a minha. Não consigo deixar de pensar que, enquanto respiro cada vez com mais dificuldade, o hábito e - talvez - o alívio da minha ausência te tornam mais leve, mais feliz. Não consigo deixar de pensar que és mais feliz desde que não nos temos. Pode estar errado, pode estar tudo errado, mas eu não consigo deixar de o pensar; e, às vezes, não consigo deixar de o sentir.
Não consigo evitar esperar um milagre. Não sei que milagre, não faço ideia; mas não consigo evitar esperar um. Não consigo evitar esperar, todos os dias, um sinal de ti. Um sinal de que estás aí, um sinal de que ainda pensas em mim. Não consigo evitar esperar que cada mensagem que recebo seja tua. Não consigo evitar, mais que esperar, desejar que o seja. Não consigo evitar desejar que queiras saber de mim, que não me tenhas esquecido assim tão facilmente, que não seja assim tão fácil viver sem mim, que te preocupes, que te importes. Sim, eu sei, tudo isto é um enorme contrasenso com o "ponto" anterior. Eu disse que seria desconexa e faria pouco sentido. Cá dentro, nada faz sentido. A não ser amar-te.
Não consigo fazer com que amar-te não tenha sentido. Não consigo fazer com que amar-te se perca na banalidade dos dias, dos momentos, dos sentidos. Não consigo fazer com que amar-te se torne supérfluo, para poder depois deitar fora. Não consigo deixar de te amar com todas as forças que tenho, com tudo aquilo que sou. Talvez o estar mais perto disso sejam a pouca força que tenho, o pouco que me sinto.
Tenho tantas coisas para dizer. Ainda. Não sei por quanto tempo mais terei coisas a dizer; não sei quanto tempo levarei a secar. Não sei para onde mais me voltar, por que mais me voltar, porque mais me voltar. Não sei se quero vencer esta luta. Não sei se quero uma alegria hipotética para os dias em que não te tenho. Não sei se quero os sucessos de conquistas impartilháveis. Não sei se quero o sol dos dias em que me faltas. Fazes-me Falta.
Não consigo fazer com que amar-te não tenha sentido. Não consigo fazer com que amar-te se perca na banalidade dos dias, dos momentos, dos sentidos. Não consigo fazer com que amar-te se torne supérfluo, para poder depois deitar fora. Não consigo deixar de te amar com todas as forças que tenho, com tudo aquilo que sou. Talvez o estar mais perto disso sejam a pouca força que tenho, o pouco que me sinto.
Tenho tantas coisas para dizer. Ainda. Não sei por quanto tempo mais terei coisas a dizer; não sei quanto tempo levarei a secar. Não sei para onde mais me voltar, por que mais me voltar, porque mais me voltar. Não sei se quero vencer esta luta. Não sei se quero uma alegria hipotética para os dias em que não te tenho. Não sei se quero os sucessos de conquistas impartilháveis. Não sei se quero o sol dos dias em que me faltas. Fazes-me Falta.
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